Quais são as pessoas com quem você mais se importa? Estejamos ligados a elas por meio de laços sanguíneos ou não, a esse grupo de indivíduos comumente damos o nome de “família”.
Quase sempre, a necessidade e o desejo de ver nossa família plenamente saudável e feliz vem antes até do autocuidado. Se identifica?
Na minha opinião, eu – Renata Scatena, que agora assino as reflexões e os artigos aqui, no blog da Casa Crescer – acredito que o cuidado com a família é algo amplo, complexo e que, vejam só, começa no “eu”. Afinal, quem ampara também precisa ser amparado – o ponto forte do lobo é a alcateia, e o ponto forte da alcateia é o lobo. Concordam?
A família como um ambiente
Eu escolhi essa reflexão como o tema do primeiro artigo dessa nova fase da Casa Crescer – e uma nova fase também para mim, como profissional – por um motivo: como o cuidado com a família será o norte de meus escritos por aqui, eu necessito, antes, explicar o porquê de o núcleo familiar ser, na verdade, uma espécie de contexto, um ambiente.
Muitos estudos apontam que nós, seres humanos, somos 80% ambiente e 20% genética. Ou seja, nossa saúde mental e física, humor e opiniões são diretamente afetados pelos ambientes que frequentamos, pelas pessoas com as quais convivemos e pelos hábitos que cultivamos.
A isso, damos o nome de epigenética. O nome até pode parecer complicado, mas ele é bem fácil de ser entendido. Em resumo, é um conceito no qual o ambiente (hábitos e comportamentos) são capazes de alterar nossos genes. Essas alterações, inclusive, podem ser repassadas para outras gerações. Quanta responsabilidade, não é? Basicamente, quando nos esforçamos para sermos melhores, estamos também investindo em um futuro melhor para o mundo.
Uma criança que vê nos pais o vício no celular, muito provavelmente terá o mesmo problema. Esse é um exemplo simples, mas bem representativo quando se trata de como, em uma família, refletimos e absorvemos o estilo de vida uns dos outros.
Seguindo essa lógica, nada mais natural do que afirmar o seguinte: um indivíduo está mais propenso a cultivar melhores hábitos e comportamentos quando sua família também os cultiva. Da mesma forma que uma família tem, também, atitudes mais positivas quando seus integrantes agem dessa forma.
Aqui, cabe ainda uma outra afirmação: estar saudável não é o mesmo que estar sem nenhuma doença. Dá pra acreditar? Pois é. Às vezes, não apresentamos nenhuma patologia, mas nos sentimos exaustos, mal-humorados e fracos, sem energia ou disposição. Tudo isso também significa que nosso corpo não está tão bem quanto deveria e poderia estar.
Onde a família entra nessa dinâmica?
Lembra que, lá no começo, eu comentei sobre o desejo intrínseco ao ser humano de ver a família saudável e feliz e sobre a necessidade de nos cuidarmos também, para então amparar o próximo?
A minha missão, através da Casa Crescer, é essa: cuidar de famílias – como um todo e individualmente. E por “cuidar”, eu me refiro a algo completo: a alimentação, a saúde mental, do corpo, das crianças e dos adultos; a qualidade do sono, da pele, dos vínculos emocionais – absolutamente tudo o que faz parte do bem estar de uma família e seus integrantes.
Sabia, por exemplo, que algumas doenças crônicas que, antes, eram mais frequentes em adultos, agora acometem também crianças, em números preocupantes? É o caso da obesidade, do diabetes, das dislipidemias, depressão e ansiedade.
Percebe a conexão entre todas as fases da vida e todos os integrantes de uma família? Quando os bons hábitos não são cultivados de forma geral no âmbito familiar, é bastante possível que algumas doenças se tornem realidade em outras gerações também, assim como acontecem com os comportamentos que nos fazem mal.
A partir desse momento, nesse blog, esse será o fio condutor de nossas conversas – e eu espero que elas sejam tão proveitosas e engrandecedoras para você quanto são para mim.
E não precisa ter pressa: sabe quando eu comento sobre melhorar nossos hábitos e comportamentos e construir uma nova realidade para nós mesmos e nossa família? Eles demandam tempo, energia e dedicação.
O verbo “construção”, que eu acabei de mencionar, denota uma ação. Concorda? Isso significa, na prática, que se eu, você ou qualquer pessoa sente o desejo de trabalhar por uma vida melhor, então, precisamos de pequenas atitudes todos os dias. Isso, como você deve imaginar, requer bastante paciência , foco e constância.
Em minhas consultas, muitas pessoas não pensam duas vezes ao afirmar que, no futuro, desejam estar melhores do que estão agora. Quem não deseja, não é mesmo? Porém, mudanças são atos práticos – infelizmente, não existe mágica.
Contudo, existe a vontade de mudar. Agora, existe o meu apoio também – afinal, o meu trabalho aqui é te ajudar – e ajudar a sua família – a construir tudo isso. De passinho em passinho, aprendendo e praticando todo dia um pouco, os seus desejos de estar melhor daqui a alguns anos deixam de ser desejos e se tornam planos e objetivos. Soa bem mais realista, não acha?
Daqui pra frente, eu também espero que, através desse cuidado familiar que eu pretendo transmitir por aqui, você possa aprender, junto comigo, os prazeres de viver uma vida bem vivida. Vamos juntos? Para me acompanhar ao longo dessa jornada, você ainda pode assistir aos vídeos do meu canal do YouTube, ou se cadastrar para receber meus e-mails toda semana!