Seja você gestante ou tentante, não tenho dúvidas de que já ouviu falar muito sobre como os primeiros mil dias de um bebê valem ouro. Nesse período, basicamente todas as suas decisões e escolhas terão consequências duradouras na vida dessa criança — se estendo até pela sua fase adulta.
A jornada é longa, mas não precisa ser tortuosa: eu estou aqui para te ajudar! Nesse artigo, você vai entender:
- Quando começa a contagem dos mil dias do bebê;
- Por que eles são cruciais para o desenvolvimento da criança;
- 4 pontos-chave que merecem atenção nesta fase.
O que são os primeiros mil dias do bebê?
Os primeiros mil dias de um bebê compõem a fase de maior desenvolvimento e crescimento do ser humano. A contagem inclui os aproximados 270 dias de gestação, mais os 730 dias seguintes — ou seja, da gravidez até os 2 anos da criança.
Nessa etapa, temos não somente a formação completa do feto, mas da evolução do bebê após o parto também. Aspectos motores, físicos, emocionais e psíquicos são trabalhados durante estes 1000 dias, por meio da alimentação, dos primeiros hábitos, da configuração familiar etc. Resumindo, absolutamente tudo está em plena formação nessa etapa.
Por que os primeiros mil dias são tão importantes?
Todos os aspectos do bebê se formam durante os primeiros mil dias: órgãos, aspectos motores e emocionais, predisposições de natureza psicológica e intelectuais, futuros hábitos alimentares, propensão a vícios etc. Dessa forma, esse período acaba tendo o poder de ditar muito de como será a vida dessa criança futuramente.
Para você entender com mais exatidão, eu listei algumas das principais mudanças observadas em bebês que tiveram seus primeiros mil dias mais saudáveis:
- Se tornam mais inteligentes;
- Não apresentam atrasos no desenvolvimento;
- Não desenvolvem paladar infantil;
- Têm menos chances de sofrer com desordens psicológicas no futuro (depressão, por exemplo);
- Se tornam menos propensos a sofrer com diabetes e problemas cardiovasculares;
- Terão menos problemas com foco e atenção (o que melhora, entre outros aspectos, o rendimento escolar);
- Têm menos chances de apresentar deficiências vitamínicas e de micronutrientes;
- Têm mais energia e vitalidade;
- Apresentam melhor sistema autoimune e, por consequência, menor ocorrência de doenças
Por aqui, defendo que ser saudável não significa apenas não ter nenhuma doença. Isso, aliás, se encaixa perfeitamente na valiosidade deste período: mais do que não ter nenhum problema de saúde, crianças cujos primeiros 1000 dias foram de cuidados devidos têm mais disposição, são mais inteligentes e, o mais importante, mais felizes.
E quem não deseja isso para seus filhos e suas filhas, não é?
O que não pode faltar nesse período?
Percebeu a dimensão dos primeiros 1000 dias na vida de uma criança? Então, agora chegou o momento de compilar aqui todos os pontos de atenção neste período — tudo aquilo que você deve fazer hoje para garantir um futuro plenamente saudável para seu bebê e sua família.
Antes de tudo, porém, quero te lembrar de um detalhe: estudos já têm apontado há muito tempo que um indivíduo é formado por 20% de genética e 80% de influências do ambiente. Na prática, o que acontece é o seguinte: um bebê pode até ter alguma predisposição genética herdada de sua família sim, no entanto, se essa mesma família se esforçar para ser um ambiente saudável, com hábitos melhores (alimentação, rotina do sono, vínculos), é possível otimizar gradualmente o DNA desse bebê.
Em outras palavras, ninguém nasce fadado a nada, nem genetica mente. Por isso, eu te asseguro que todos esses pontos aqui farão enorme diferença na vida de seu filho ou filha:
1 – Consulta pré-natal e acompanhamento pediátrico
A consulta pré-natal pediátrica é o momento onde a gestante deve receber todas as orientações necessárias sobre:
- A gestação em si;
- Introdução alimentar;
- Saúde mental (prevenção de depressão pós-parto materna e paterna, por exemplo);
- Rotina do sono;
- Teste do pezinho;
- Berço seguro;
- Primeiros exames e avaliações do bebê (bucal, coração , língua etc.);
- Puerpério;
- Leite materno;
- Hábitos e estilo de vida da família
- Avaliação nutricional da gestante
- Amamentação
- Cuidado com a saúde mental e emocional na gestação
- Dentre outros
Esse momento é extremamente personalizado e, dada a sua importância e quantidade de tópicos abordados, deve ser longo mesmo — desconfie de consultas que terminam em 15 minutos!
A minha recomendação é que, antes da consulta, você reúna todas as dúvidas possíveis, a fim de garantir para si e para o bebê o suporte mais amplo possível.
2 – Cuidado com a saúde física e mental durante a gravidez
Dizer que a gravidez é um período que traz consigo uma enxurrada de emoções significa também que tanto o pai, quanto a mãe deverão lidar com sentimentos negativos também. Frustração, medo e desânimo, por exemplo, são normais nessa etapa.
Ao mesmo tempo, o limite dessa normalidade é sutil: quando os sentimentos negativos são duradouros e muito intensos, é sinal de que algo não vai bem com a saúde mental. Ignorar esses sinais, inclusive, pode levar o casal a sofrer com depressão pós-parto materna e paterna.
Esse tipo de acompanhamento é importante desde o começo. A ideia, afinal, é evitar que pais e mães esperem até que os sintomas de depressão estejam avançados para buscar ajuda.
3 – Suplementação vitamínica (especialmente da vitamina A!)
As vitaminas e os minerais têm um papel ainda mais significativo na gestação: garantem que o bebê se desenvolva bem e preservam a saúde da mãe. Assim, as chances de haver uma complicação na gestação ou de o feto ter algum problema em sua formação diminuem drasticamente.
Ômega 3, vitamina D e E, ferro e magnésio são apenas algumas das suplementações mais requisitadas. Além destas, quero chamar atenção para a vitamina A.
O motivo é o seguinte: geralmente, ela não é mapeada durante o pré-natal, mesmo sendo vital, em doses adequadas, para a formação do bebê.
Na prática, ela é responsável por grande parte do desenvolvimento do cérebro do bebê. Dá para acreditar que, no Brasil, cerca de 30% das gestantes apresentam essa deficiência? Ao suplementá-la, a gestante:
- Reduz o risco de aborto espontâneo;
- Reduz o risco de pré-eclâmpsia;
- Previne anemia;
- Previne infecções agudas;
- Previne a disfunção da placenta.
Já para o bebê, a vitamina A serve para:
- Melhorar a visão;
- Melhorar a cognição;
- Potencializar o neurodesenvolvimento;
- Potencializar o sistema imune;
- Fomentar o paladar e o apetite saudáveis;
- Preservar a saúde intestinal e respiratória.
4 – Brincadeiras e estímulos para o bebê
Até os 2 anos de idade, o cérebro do bebê ainda está em formação. Tenho certeza que só essa afirmação já seria o bastante para te ajudar a compreender porque brincar e estimular o bebê é tão importante para o seu desenvolvimento.
Afinal, esses hábitos melhoram a coordenação motora, a memória, a inteligência e a cognição. Por outro lado, porém, também traz benefícios de natureza emocional, importantíssimos para que uma criança cresça bem: estimula a independência, a autoconfiança e a empatia.
Uma criança que tem acesso a esse tipo de atividade (constrói, pinta, desenha, corre etc.), por exemplo, se tornará muito menos agressiva no futuro. Vale lembrar que esse tempo de qualidade entre família e bebê é um riquíssimo recurso para fortalecer os vínculos emocionais entre todos.
Muito importante lembrar: evite o uso de telas nos primeiros mil dias! Como o cérebro ainda está informação, a criança que tem contato com celulares e TVs nessa etapa tem a sua atenção comprometida, bem como sua rotina do sono, seu foco e seus hábitos alimentares. Em resumo, são estragos de grande amplitude que perduram até a vida adulta.
Quer o seu bebê mais saudável e feliz?
Tenho certeza que a resposta é sim! Para que os primeiros mil dias do bebê sejam um sucesso, o acompanhamento pediátrico desde a gestação é crucial.
Para começar agora mesmo essa jornada, não hesite em entrar em contato comigo. O meu atendimento abrange bebês, gestantes, famílias e até mesmo casais tentantes — um acompanhamento integral cujo principal objetivo é potencializar a saúde física e emocional de todos, em prol de uma vida bem vivida.